quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sobre mais uma espera inútil [2]

Faz frio lá fora, aqui dentro está  gelado como o ferro do qual eu queria ser feita.
O mundo continua a girar, me sinto parada  dentro dele sem saber o que fazer.
Promessas foram quebradas, palavras foram desfeitas sem aviso prévio, meus pensamentos resumem-se em como serão meus dias sem você dentro deles.
Te vejo caminhando por caminhos distantes dos meus, comemoro quando teu caminho, por segundos, junta-se ao meu, é mais triste ainda quando isso é visto daqui de cima, tenho me contentado com tão pouco, apenas te observar dormir  muitas vezes já me é suficiente.
Os pontos ainda nem foram cicatrizados, mas já abriram-se novamente, eu sei que isso não passa pela tua cabeça, você  não imagina como doem esses pontos não cicatrizados, que por coincidência,  são cicatrizes que você causou  anteriormente, jamais estive tão apegada ao passado, machuca-me saber que hoje você me faz mal.
Montei um castelo sobre os alicerces da invejável  expectativa pra alguém que já não tinha nada, sinto pena da desajeitada construção que empreendi, consegui te perder sem nunca ter nem mesmo te encontrado, não venha me dizer pra esquecer o que toda vida sonhei em ter.
Tudo isso vai latejando na memória, mesmo se o mundo pedir que não e tudo ao redor disser que é em vão, estarei aqui, sendo inútil essa espera ou não, sem saber ao certo quanto tempo espero.
Queria dizer era que eu vou caminhar pra bem longe de ti, estaria blefando, não conseguiria andar muito longe sem você.


"Estou a todo momento erguendo castelos, por vezes vários ao mesmo tempo,em outras vezes, meras aglomerações de entulhos de promessas com nenhuma pretensão arquitetônica."




"...Sabe que o meu gostar por você chegou a  ser amor, pois eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo, só olhando e pensando: Meu Deus, como você me dói de vez em quando..."



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