segunda-feira, 26 de abril de 2010

"Já era"

O amor é mesmo estranho, quando você menos percebe "já era", às vezes é bem esse o termo.
Tenho pensado no que fazer depois de você, as poucos notícias suas que tenho recebido não são das melhores, me custa acreditar em qualquer amor que você diz sentir seja por quem for, já que esse seu costume de olhar apenas a superfície permanece.
Guardo pequenos bons momentos para usá-los nos maiores momentos de solidão, na maioria das vezes quando lembranças vêm, lágrimas se vão em vão, já que esse meu jeito de ser não me deixa te esquecer.
Então me diz, por favor, o que eu faço com a saudade que tu deixou?


quarta-feira, 21 de abril de 2010

Palavras soltas [3]

Demorei tanto pra te encontrar que não queria mais voltar
Segui esperando a hora de retornar
Mas te achar é me perder mais
Eu não consegui te dizer
Você não soube responder
Me liguei tanto em detalhes que esqueci de perceber o mais óbvio
Ainda preciso de você com a mesma intensidade inconsequente impossível


"Eu queria te mostrar tantas coisas
Eu queria te dizer tantas coisas
Mas teu capítulo em meu livro é tão grande
Que a capa se foi junto com as páginas que arranquei"






A queda

Sejamos realistas
Você sempre esteve acima de mim
Num patamar muito alto pra que eu pudesse alcançar
Não me importava a distância... tá , importava
Só que a luz que tu irradiava me cegava
Com os calcanhares saindo do chão em grandes pulos te agarrei
Tentei te prender
Mas você achou melhor sumir
Não pude evitar, embora não negue que minha queda era previsível
Daí de cima meus pedaços você pode ver.

"...Durante aquele tempo em que ele esteve comigo, alimentei a ilusão de que meu isolamento para sempre havia acabado..."





sábado, 17 de abril de 2010

Cronologia

Me tornei aliada da cronologia, tive que conter toda a pressa contida em mim, esperas pacientes, ilusórias, esperançosas que foram se degradando com o tic tac do relógio somado aos fatos das situações banhadas por realidade que eu não queria enxergar, tentando fugir em vão da solidão que você deixou jogada ao meu redor.
O teu beijo ainda persiste na minha boca, meus lábios sentem o toque dos seus e precisam ser devorados de novo, o timbre da tua voz ecoa nos meus ouvidos, meus olhos ainda tentam decifrar teus pensamentos decodificados em braile alemão, tua anatomia é fortemente inserida na minha mente e sempre surge quando meus olhos se fecham na escuridão, e nesse escuro que você ajudou a trazer eu percebi que você pode se recusar a aceitar o tempo que quiser, mas a partir do momento que você percebe que não pode mandar no seu batimento cardíaco e que seu coração só vai bater assim por quem você verdadeiramente gosta, talvez você tenha encontrado o caminho, meu coração não bate acelerado como antes.



domingo, 11 de abril de 2010

Sobre amores de escola

Amores de colégio, na época era platônico, aquilo transformou-se numa amizade, é impossível te ver e não ativar uma chuva de memórias, de quando o esperava chegar, de se arrumar pro intervalo porque ia encontrá-lo, da impossibilidade de estudar já que tudo ali o lembrava, das inúmeras cartas que escrevi pra ti e ainda guardo aqui, você sempre me viu como amiga.
Agora temos outros amores,o tempo vai passando e a gente se transformando, esse passado me lembra o quanto de história eu vivi, você é a saudade que eu gosto de ter.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

E mais uma vez o final chegou aqui.

Difícil não importar-se com a sequência de fatos deteriorantes, entre sua chegada e partida foi um sopro, revirando no peito o minuto do beijo ao segundo da despedida, e me pergunto como você despertou isso num coração em pedaços e cheio de obstáculos que eu criei com o objetivo de defesa, pensava eu que seria suficiente, há muito tempo não me sentia tão viva nos braços de alguém. Agora, a dor que nunca foi embora é que nunca foi tão viva.
Te dei a oportunidade de escolher reticências , mas você preferiu o ponto final,desejei veemente uma história com um final diferente, teus passos rápidos correm pra longe de mim.
Escapou deixando uma lembrança qualquer, vou te esquecer, no fim é sempre isso que eu vou fazer.