sábado, 8 de agosto de 2009

Lembranças da meia noite


Despertava todas as noites, quase sempre era o mesmo sonho
Seus olhos vislumbram o horizonte em busca de respostas
Sua mente povoada de imagens vagas
A medida que o tempo passava, o passado voltava
O ambiente era calmo, mas ela não conseguia encontrar a paz
Uma estranha vivendo entre estranhos

E as imagens continuavam a surgir
Era como se sua mente tivesse se transformado num quebra cabeça com peças insólitas
O passado tornou-se um caleidoscópio de imagens instáveis que passavem vertiginosamente por sua mente
"Não pertenço a este lugar" , mas a que lugar pertencia? Ela não tinha a menor idéia
Estava procurando alguma coisa, mas tinha certeza que não estava ali
Os filmes românticos e as canções de amor nos enganam a acreditar nos finais felizes, em cavaleiros de armaduras reluzentes e no amor que nunca morria

Havia tempestades a ameaçá-la sobre as quais não tinha o menor controle, um centro frio em suas profundezas sem lembranças agradáveis para dissolvê-lo
Mergulhava nos dias como se tentasse compensar os preciosos momentos de sua vida que lhe haviam sido roubados
Não há sentido em reconstituir o passado, há o futuro para pensar
É o passado e nada poderá mudá-lo

Nenhum comentário:

Postar um comentário