Alguma coisa dentro de mim, sempre esteve esperando a sua volta, estava tentando achar um modo de sobreviver.
Parece que nos raros momentos que tenho você, sinto mais forte a persistência da tua ausência.
Não que eu queira, mas mesmo se quisesse não conseguiria me desvencilhar desses laços invisíveis que ainda me amarram a ti, começa outra vez aquele ciclo, esperando tudo se repetir.
Não sei se algum dia vou conseguir explicar, por mais que eu tente procurar, jamais vou encontrar alguém que me complete tão inteiramente como você.
Já tornou-se tão banal que não existem expectativas, você não sabe o trabalho que eu tive pra lidar com isso, o que é uma pena, mas necessário.
Gosto tanto de passar a mão nos teus cabelos desgrenhados como meus pensamentos aquela hora, pensando em todas as coisas sem conseguir dizer nada.
No fim você me diz que foi ali que a gente se conheceu, a gente mudou desde então, afinal o que eu sou pra ti?
E a contagem recomeça, apostarei comigo mesma quanto tempo vou ficar sem te ver de novo, afim de minimizar a angústia da saudade.
"Se você retribuísse
E se eu conseguisse
Não ia ter motivos pra te escrever
Depois de voltar
Então por que eu não cheguei e falei
O que eu tinha pra dizer pra você?"
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